Tanto para dizer... O problema de começar a escrever é ter tanto para dizer e não encontrar qualquer ligação nas ideias que me surgem de repente. Se fosse a escrever sobre tudo o que penso passariam anos até que se esgotasse o stock de pensamentos, pois nessa altura teria passado meia vida a escrever sobre outra meia vida, a vivida. Mas isto seria impossível. Pois teria de comer e dormir. Ora nos sonhos vivemos situações novas, criadas por nós. Para comer teria de saír, nem que fosse só ir ao supermercado. E no percurso supermercado-casa viveria sempre momentos novos que descambariam em novas ideias e depois teria de escrever sobre elas...
Há pouco não tinha assunto definido e agora, vejam só... já escrevi um parágrafo sobre NADA! É como quando estamos sozinhos com outra pessoa e há um grande silêncio. Não há nada para dizer (e muitas vezes há muito!). Então começo a falar sobre o facto de não haver assunto e, quando dou por mim, já a conversa ganhou um rumo. O truque foi falar abertamente sobre uma situação que ambos os intervenientes sentiam mas não sabiam como saír dela. Porque é que estamos sempre constrangidos e não podemos falar de tudo com todos? Porque é que não posso dizer o que penso e sinto de forma directa e aberta a alguém de quem provavelmente até gosto?
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