domingo, 13 de março de 2005

E tudo é Caos!

É fascinante este mundo! Como pode alguém crer que a nossa vida está definida logo à partida? Adoro sentir a responsabilidade de ter de decidir. Adoro os momentos em que estou perante "bi", "tri"ou "ni-furcações". São momentos a partir dos quais tudo é diferente! Melhor ou pior, não se sabe. Nunca se sabe! Ainda bem. Tudo é incerteza. Cada um de nós é um microcosmos. E ainda por cima pensamos e temos emoções... Agora imagine-se 6 mil milhões de microcosmos partilhando um mesmo Megacosmos... Mesmo assim não deixo de pensar um mundo "mecânico". Afinal de contas, o número de variáveis, apesar de parecer infinitamente grande, é finito. Se fosse possível saber cada uma delas a cada momento tínhamos um mundo perfeitamente determinista. Que mau que seria... Por isso não invejo Deus! Sendo "Senhor da Verdade", a sua "vida" deve ser uma valente seca! Mas Deus vive? Ou é apenas uma concepção humana? Porque é que alguém (ou algo...) se iria dedicar a criar e a destruir mundos se conhecia à partida os seus fins? Não parece racional. E no entanto Ele é apresentado como infinitamente racional! Logo, Ele não pode saber tudo e se não sabe tudo não pode ser infinitamente racional! Deus será então falível... Ele próprio afirma que nos fez à sua imagem e semelhança.
Mas... E se Deus não existir? E se o Universo sempre existiu? Será esta ideia melhor do que a de que teve um início? Mas que raio! Eu existo! Os outros existem! Mesmo que esta dimensão em que vivemos fosse uma "projecção" de uma "realidade", e não a realidade, esta existiria e então porquê? E mesmo que Ele não exista! Isso assusta-me? Não. Até me conforta. Mas assusta a "sociedade" em que vivo, que me constrange e, logo, prejudica-me. Mas o que é que prejudica mais? A Verdade ou a Mentira? Não sei. Então tenho de tomar uma decisão sobre em que acreditar. Logo esta questão resolve-se com uma "crença", que depende profundamente de cada um de nós. Quem está certo? Quem está errado? Nunca saberemos. Entretanto vamos tendo a nossa vidinha insignificante e, de tempos a tempos, entretemo-nos a pensar sobre estas questões. Não será perda de tempo? Espero que não!
Junho 2004

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