Um ano...

Não lancei este blog há um ano. Mas a data do meu primeiro texto indica 15 de Julho de 2004. Para ser sincero, até Outubro fui escrevendo só para mim, mas já com vista a lançar um blog. Faltava-me era a coragem. Porque, de facto, muito do que publiquei é bastante intimista...

Acima de tudo criei este blog para a minha pessoa, para expressar sentimentos incómodos ou felizes e para registar ideias e pensamentos sobre coisas que constantemente me intrigam. Cada texto, poema ou pensamento é um registo de uma conquista pessoal, uma batalha ganha, uma pequena etapa ultrapassada. Tudo isto é, portanto, uma tentativa de crescer e amadurecer de forma controlada (num sentido de supervisão). Encarno assim, simultaneamente, as personagens de analista e analisado.

Ao longo destes últimos meses, este exercício tem-me ajudado bastante. Cresci, de facto. E posso comprová-lo nas minhas palavras. Mas então, porquê publicar e não escrever só para mim? Não sei muito bem responder... Se no início o fazia com a esperança de ser lido por uma pessoa bem determinada, as críticas de quem me lê fizeram-me acreditar que talvez aquilo que faço para a minha "auto-ajuda" pode ter um efeito semelhante nos outros, pondo-os também a pensar. E não me imiscuo de aqui dizer que tenho até uma certa vaidade...

O Folha Branca é sobretudo uma busca pessoal, naquilo que de mais profundo tenho. É um explorar do eu, dos outros e do eu com os outros. Não apresento receitas de Vida, antes sugestões e constatações, sempre com uma atitude questionadora. Sempre com um "Porquê". A abundância de "..." no meu discurso é também um indicador disso mesmo. Por muito que alguém divague sobre os mistérios da Vida e do Amor, estará sempre incompleto.

Ultimamente não tenho publicado com tanta assiduidade. O que até é algo que me apraz. Porque tenho uma vida cheia, num sentido positivo. Trabalho muito. Mas também vivo muito e amo muito. Ainda assim, não deixo de passar por cá para largar mais um poema, texto ou pensamento. Porque na Vida abundam conquistas e precalços e em muitos destes momentos sinto-me melhor se os escrever.

Espero que quem me lê perceba realmente o sentido destas palavras. E, se tenho leitores assíduos, um grande obrigado por continuarem a vir cá, ainda que muitas vezes o que encontram não difira da visita anterior... :)